Um velho post, guardado em meus rascunhos... confesso que não sei exatamente que rumo meus pensamentos iam tomar, mas me lembro da fase, do stress, dos problemas. Como nada é para sempre, alguns problemas já foram tomados por outros. Como pretendo voltar a escrever, achei importante postar ele, mesmo incompleto, porque de alguma forma, retrata o que estive pensando, que tem consequências concretas em minha autal situação como professora... Então, é isso:
Há tempos que venho pensando em publicar um post sobre essa situação que muitos eventuais passam: ser professor e estudante ao mesmo tempo. Não confunda com a relação ensinar e aprender, que obviamente todos os professores têm, pelo resto de suas vidas profissionais. O papo aqui é outro... Encontro-me em um momento delicado, conturbado, aflitivo e um pouquinho desesperador: não aguento mais a faculdade. Sério. Não, eu não estou louca e nem frustrada com o curso que escolhi, estou me referindo à Universidade como instituição. Tudo o que ela carrega, desde as regras, avaliações, metodologias, exigências... toda a formulação das grades curriculares - até as pessoas que circulam ali: docentes e discentes. Desde o segundo semestre do ano passado que meu desânimo é grande. Várias dps, matrículas trancadas, disciplinas largadas ao relento, outras empurradas com a barriga. Não tenho mais paciência em ter aulas toscas, sem sentido, chatas, sem conteúdo. Não tenho mais paciência para professores universitários que detestam lecionar e são obrigados, para manter uma pesquisa idiota que os tornam, em suas cabecinhas, o ser mais importante da face da Terra. Fico indignada principalmente com a incoerência no que nos é ensinado em relação a psicologia educacional, didática, prática de ensino, com o que é de fato colocado em prática dentro da sala de aula no ensino superior. Encontramos professores que falam tanto em Piaget, Construtivismo, a importância em encararmos a individualidade dos alunos, respeitar as dificuldades deles e procurar compreender as barreiras do ensino-aprendizagem, mas que no fim, não colocam isso em prática na própria avaliação, no lidar do dia-a-dia com nós estudantes universiotários. Fico pasma. O mesmo professor que discursa sobre como o sistema de avaliação é falho, acaba por praticá-lo. O mesmo professor que discursa sobre compreendermos a realidade do aluno, ignora as dificuldades de seus próprios alunos. Não existe psicologia e nem pedagogia na universidade. Malemá encontramos humanismo ali dentro. Somos apenas números: o número do R.A (registro acadêmico), a nota da prova em uma planilha excel, o número de faltas no mês.
Um comentário:
Eu amo a forma que você se expressa, amo cada palavra que você escreve
Postar um comentário